Em 28 de novembro de 2016, a cidade de Chapecó, em Santa Catarina, se preparava para uma grande celebração: a equipe da Chapecoense estava prestes a disputar a final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, em Medellín, na Colômbia. Para a maioria dos jogadores, a comissão técnica e os dirigentes, era a primeira vez que viajavam para fora do país em uma competição internacional.

O voo partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín. Porém, a escassos minutos do pouso, o avião da companhia aérea boliviana Lamia caiu em uma área montanhosa nas proximidades do município de La Unión. Dos 77 ocupantes, apenas seis sobreviveram. Entre as vítimas estavam 19 jogadores da Chapecoense, além de membros da comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulantes.

As causas do acidente ainda são investigadas pelas autoridades colombianas e bolivianas. No entanto, evidências apontam que o avião não tinha combustível suficiente para realizar a viagem completa e, ainda por cima, sofria de problemas técnicos. Além disso, a tripulação também teria cometido erros administrativos e de comunicação durante o voo.

A notícia da tragédia chocou o mundo do futebol e mobilizou campanhas solidárias em todo o planeta. As homenagens se multiplicaram em todo o Brasil e em outros países, com jogadores, torcedores e instituições mostrando seu apoio e solidariedade à Chapecoense e às famílias das vítimas. Em Santa Catarina, a cidade de Chapecó parou para receber os corpos dos jogadores em um velório coletivo emocionante.

A partir daí, o impacto da tragédia se fez sentir em muitos aspectos. O esporte foi profundamente afetado, com a perda da talentosa equipe da Chapecoense, que vinha conquistando resultados expressivos nas competições nacionais e internacionais. Além disso, a ausência do time abalou a estrutura do clube, que precisou reconstruir sua equipe e recuperar sua força emocional.

Outra questão importante foi a situação das famílias das vítimas, muitas delas com dificuldades financeiras e emocionais para lidar com a perda repentina. Por isso, foram criadas iniciativas de apoio para ajudá-las a superar esses momentos difíceis, como a Campanha Nacional de Solidariedade às Famílias das Vítimas da Chapecoense.

Mesmo após cinco anos do desastre aéreo, a Chapecoense segue em processo de reconstrução e de superação dos obstáculos. O clube se manteve firme em sua trajetória, honrando a memória de seus atletas e dando continuidade ao legado deles. A cidade de Chapecó, por sua vez, passou a ser conhecida internacionalmente como um exemplo de união, de solidariedade e de resiliência diante das adversidades.

O desastre aéreo da Chapecoense deixou lições importantes para o mundo do futebol e para a sociedade como um todo. Ele nos mostrou que, apesar das tragédias e dos problemas, é possível encontrar forças para seguir em frente, buscar a justiça e construir um futuro melhor. Para sempre, a Chapecoense será um símbolo de amor pelo esporte, de coragem diante das dificuldades e de união para superar as adversidades.

Referências:

- Site Oficial da Associação Chapecoense de Futebol: https://chapecoense.com/

- UOL Esporte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2019/11/28/chapecoense-3-anos-do-acidente-aereo-de-lamia-que-matou-71-pessoas.htm

- G1: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/fotos-mostram-como-estavam-os-jogadores-da-chapecoense-antes-de-desastre-aereo.ghtml

- Campanha Nacional de Solidariedade às Famílias das Vítimas da Chapecoense: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/chape-estamos-com-voces

- El País: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/30/deportes/1480524581_638902.html